Síntese da terceira aula da unidade 4 Material preparado para uma consulta rápida.
Atualizado: 01-09-2008 |
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4.7 Modelo - m
É o fenômeno ensaiado em laboratório, que geralmente é a representação do fenômeno em escala não natural.
4.8 Protótipo - p
É o fenômeno do qual desejamos obter as informações sem recorrer a ensaios, geralmente representa o fenômeno na escala real.
Para viabilizar o mencionado anteriormente, devemos ter, tanto o modelo como o protótipo, definidos pela mesma função característica, o que equivale a dizer que ambos serão caracterizados pelos mesmos números adimensionais, sendo este fato denominado de condição de semelhança.
4.9 Teorema dos π
É o teorema que nos permite determinar os números adimensionais a partir da função característica.
Partindo-se da função característica, f (F, V, ρ, µ, D) = 0, a aplicação do teorema dos π respeita a seguinte seqüência:
1º
PASSO: Determinar o número de grandezas que influenciam o fenômeno - n
®
n = 5
2º PASSO: Escrevemos a equação dimensional de cada uma das grandezas.
[F] = F
[V] = L x T-1
[ρ] = F x L-4 x T2
[µ] = F x L-2 x T
[D] = L
3º PASSO: Determinamos o número de grandezas fundamentais envolvidas no fenômeno - K ® K = 3
4º PASSO: Determinamos o número de números adimensionais que caracterizam o fenômeno - m ® m = n - K ® m = 2
W - função equivalente formada por números adimensionais.
W - (π1 , π2) = 0 – para o exemplo.
5º PASSO: Estabelecemos a base dos números adimensionais.
Definição de base - É um conjunto de K variáveis independentes comuns aos adimensionais a serem determinados, com exceção dos seus expoentes.
Variáveis independentes - São aquelas que apresentam as suas equações dimensionais diferentes entre si de pelo menos uma grandeza fundamental.
Para o exemplo, temos:
F, V, ρ, D ou F, V, µ, D como variáveis independentes.
ρ e µ como variáveis dependentes.
Bases possíveis para o exemplo: ρ V F; ρ V D; F V D; µ V F; µ V D.
Para obtermos os adimensionais já estabelecidos para os estudos de Mecânica dos Fluidos, geralmente adotamos a base ρ V D, ou a que mais se assemelha a esta.
Para o
exemplo, adotamos a base ρ V D.
6º PASSO: Escrevemos os números adimensionais, multiplicando a base adotada por cada uma das variáveis que restaram na função característica após a sua retirada.
π1 = ρa1 . Va2 . Da3 . F (I)
π2 = ργ1 . Vγ2 . Dγ3 . µ (II)
Para obtermos os expoentes da base, substituímos cada uma das variáveis por sua respectiva equação dimensional, inclusive o número adimensional.
Para a equação (I), temos:
F0 L0 T0 = (F x L-4 x T2)a1 . (L x T-1) a2 . La3 . F
F0 L0 T0 = F a1+1 . L-4 a1 + a2 + a3 . T2 a1 - a2
a1+1 = 0 ® a1 = -1
2a1 - α2 = 0 ® -2 - a2 = 0 ® a2 = -2
-4 a1 + a2 + a3 = 0 ® 4 - 2 + a3 = 0 ® a3 = -2
Portanto: π1 = ρ-1 . V-2 . D-2 . F
Para a equação (II):
F0 L0 T0 = (F x L-4 x T2)γ1 . (L x T-1) γ2 . Lγ3 . F x L-2 x T
F0 L0 T0 = F γ1+1 . L-4 γ1 + γ2 + γ3 - 2 . T2 γ1 - γ2 + 1
γ1+1 = 0 ® γ1 = -1
2γ1 - γ2 +1 = 0 ® -2 - γ2 + 1= 0 ® γ2 = -1
-4 γ1 + γ2 + γ3 - 2 = 0 ® 4 - 1 + γ3 - 2 = 0 ® γ3 = -1
Portanto: π2 = ρ-1 . V-1 . D-1 . µ