Síntese da terceira aula da unidade 3 Material preparado para uma consulta rápida.
Atualizado: 01-09-2008 |
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3.9 - Classificação dos Escoamentos Incompressíveis
A classificação dos escoamentos incompressíveis é obtida em função do deslocamento transversal de massa e pode ser a seguinte :
laminar → deslocamento transversal de massa desprezível, o que implica dizer que o escoamento se dá em lâminas, onde temos predominância das forças viscosas;
turbulento → o deslocamento transversal de massa é predominante e o escoamento se dá em turbilhões, onde a força viscosa é desprezível em relação à força de inércia;
transição → que representa a passagem do escoamento laminar para o turbulento ou vice-versa.
A classificação do escoamento incompressível é fundamental para o seu estudo e pode ser obtida através do número adimensional denominado de número de Reynolds, que é representado pela equação 3.13.
Através das experiências realizadas por Reynolds, este estabeleceu que:
Re ≤ 2000 → tem-se o escoamento laminar;
2000 < Re < 2400 → tem-se o escoamento de transição; e
Re ≥ 2400 tem-se o escoamento turbulento.
A classificação atual estabelecida pela ABNT difere um pouco da estabelecida por Reynolds e é a seguinte :
Re ≤ 2000 escoamento laminar;
2000 < Re < 4000 → escoamento de transição; e
Re ≥ 4000 escoamento turbulento.
Por outro lado, devemos salientar que a equação 3.13 apresenta a restrição de ser válida somente para um conduto forçado de seção transversal circular.
3.10 - Conceito de diâmetro hidráulico (DH) e raio hidráulico (RH)
Os conceitos de diâmetro hidráulico e raio hidráulico além de generalizar as informações obtidas por Reynolds, são fundamentais para a determinação de vazão em canais como mostraremos mais adiante.
Para generalizar o número de Reynolds estabelecido inicialmente para um conduto forçado de seção transversal circular, introduz-se o conceito de diâmetro hidráulico (DH), que para o conduto nas condições descritas anteriormente é igual ao diâmetro interno, mas que pode ser definido, tanto para o conduto forçado, como para o conduto livre e para qualquer tipo de seção transversal.
Imbuído deste objetivo, definiu-se o diâmetro hidráulico da seguinte forma:
onde se considera como perímetro molhado o perímetro formado pelo contato de fluido com superfície sólida.
Consideremos os seguintes exemplos:
1º) Conduto forçado de seção transversal circular de diâmetro interno igual a D.
Através deste exemplo, podemos generalizar o número de Reynolds, como é mostrado:
2º) Canal aberto com seção transversal retangular com dimensões mostradas na figura 3.10.
após definir o diâmetro hidráulico para o canal, pode-se calcular o seu número de Reynolds.
Após a conceituação do diâmetro hidráulico, definiu-se o raio hidráulico (RH) , mostrado pela equação 3.16 a seguir.
Nota: A fotos a seguir procuram mostrar os escoamentos (laminar e turbulento) no laboratório