Como estudioso, ativista social e
trabalhador cultural, Freire conseguiu desenvolver uma prática de
alfabetização que serviu com base para uma luta pela libertação.Ao
estabelecer um elo de ligação entre as categorias de história,
política, economia e classe e os conceitos de cultura e poder,
Freire conseguiu desenvolver uma pedagogia crítica.
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Em sua
primeira experiência, em 1963, Freire ensinou 300 adultos a ler e
escrever em 45 dias. Esse método foi adotado em Pernambuco, um
Estado produtor de cana-de-açúcar. O trabalho de
Freire com os pobres, internacionalmente aclamado, teve início no
final da década de 40 e continuou de forma ininterrupta até 1964.
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Em
1964, com o golpe militar que derrubou o governo do Presidente João
Goulart, eleito democraticamente, Freire foi acusado de pregar o
comunismo, sendo detido.
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Os 16 anos de
exílio foram períodos tumultuados e produtivos: uma estadia de cinco
anos no Chile como consultor da UNESCO no Instituto de Capacitação e
Investigação em Reforma Agrária; uma nomeação, em 1969, para
trabalhar no Centro para Estudos de Desenvolvimento e Mudança Social da
Universidade de Harvard; uma mudança para Genebra, na Suíça, em 1970,
para trabalhar como consultor do Escritório de Educação do Conselho
Mundial de Igrejas, onde desenvolveu programas de alfabetização para a
Tanzânia e Guiné Bissau, que se concentravam na reafricanização de
seus países; o desenvolvimento de programas de alfabetização em
algumas ex-colônias portuguesas pós-revolucionárias como Angola e
Moçambique; ajuda ao governo do Peru e da Nicarágua em suas campanhas
de alfabetização...
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