O medo como fator de bloqueio da criatividade.

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Este comodismo pode afetar nossas vidas pessoais. Vamos tomar por exemplo um indivíduo que tem vergonha de se expor diante de pessoas das quais ele nunca se deparou anteriormente. Pode ser um grupo de amigos, uma nova comunidade, ou um novo grupo de trabalho. Num momento de descontração, todos estão expondo suas opiniões à respeito de um determinado assunto, enquanto esta pessoa somente ouve, com "medo" ou "receio" de ser criticado ou de oferecer uma colocação que não seja adequada ou coerente. Alguns vão dizer: "Ah! Isto não acontece com ninguém!". Pois eu afirmo que experimentei esta sensação aos meus 17 anos de idade. Tinha "vergonha" de me expor numa roda de amigos, com "medo" de falar alguma impropriedade , correndo o risco de ser excluído daquele grupo. Foi aí então que percebi que isto seria altamente prejudicial ao meu futuro. O ser humano não pode viver fugindo de tudo aquilo que o assusta. É necessário uma certa dose de risco para o sucesso. Este tipo de atitude afasta as pessoas, e "rouba" do indivíduo aquilo que ele tem de mais precioso – o poder de criar! O poder de colaborar com os outros, oferecendo suas colocações para uma conclusão geral. Vejam só, o poder de doar aos outros uma idéia que vai construir uma tese final!

 

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Da mesma maneira, este tipo comportamental vai afetar nossas vidas profissionais, nos colocando em posição reativa a tudo o que acontece no dia a dia do desenvolvimento de nossas atividades. O ser com medo não cria. Ou então cria, mas guarda para sí mesmo. Não compartilha algumas "pérolas" que tenham sido pensadas, com medo de desagradar, ou melhor, de não agradar ou passar despercebido. Veja, é tão sutil, que o medo não é sobre gerar um conceito negativo à respeito de determinada opinião, mas sim de não gerar nenhum conceito. É medo de apresentar algo para alguém, medo de pedir algo para um colega de escritório, medo de negociar com os indivíduos hierarquicamente superiores na empresa, vergonha de escrever um simples texto para publicação na Internet. Quantos medos! Com estes poucos exemplos, acredito estar dando a idéia do prejuízo que este tal sentimento traz ao ser humano. Não basta criar. É preciso mostrar a criação. É preciso divulgar o esforço demandado para atingimento daquela árdua tarefa. E somente assim as pessoas serão percebidas no contexto em que vivem.